A comunicação humana é nossa capacidade cognitiva mais preciosa. É um processo que nunca para de evoluir.
Os líderes, dentro dos grupos em que atuam, não têm para onde correr: conciliam interesses e transmitem instruções o tempo todo aos seus liderados. E só conseguem fazer isso de fato comunicando-se consciente e precisamente.
É um desafio e tanto.
Obter atenção plena para a comunicação começar a acontecer não é fácil. Ela precisa ser atraída e sofre para emergir em um cotidiano saturado de informações, interesses pessoais e distrações do mundo hiperconectado.
Há várias técnicas de oratória, escrita e de persuasão que podemos aprender e pôr em prática. A tecnologia é um coadjuvante importantíssimo se bem utilizada.
Mas nenhuma abordagem específica, nem todas elas juntas, entrega pronta a verdadeira finalidade de uma comunicação efetiva. Que é conectar, criar vínculo e estabelecer confiança. E é principalmente substituir o convencer pelo conquistar.
Falar importa. Escutar transforma.
Todo mundo quer atenção. Queremos ser ouvidos, considerados, respeitados. Cada um sabe das suas limitações e dificuldades. Cada um tem uma trajetória de vida única e expectativas motivadoras. Impossível saber de todas essas particularidades em grupos heterogêneos, que são a regra nas organizações.
Mas existem disposições que conseguem atingir um universo inteiro de pessoas e contextos diversos. A honestidade no falar, a vontade genuína de escutar e o não julgamento prévio vão dar forma ao que podemos chamar de comunicação empática. O líder que pretende transformar e engajar não pode prescindir dessa habilidade.
Tem que ser verdadeiro.
Escutar não é estar apenas com os ouvidos abertos, esperando a vez de falar para proferir uma decisão já tomada. Na maioria dos ambientes corporativos há regras, resoluções e protocolos rígidos necessários ao funcionamento. Já em diversos outros negócios, a espontaneidade, o espaço para ideias e a colaboração são a tônica.
Em ambos os casos são as pessoas que fazem o trabalho acontecer. São elas que compartilham porquês e que buscam sentir-se parte de um objetivo claro e comum.
A comunicação bem conduzida pode fazer isso. E muito mais.
Há muito o que refletir sobre o processo de comunicação nas empresas. As novas abordagens, as teorias e conceitos mais apropriados para cada caso, o impacto da tecnologia… Por isso quero convidar todas e todos a acompanharem os próximos artigos aqui no blog que terão esse tema como foco.
Obrigada por lerem até aqui e agradeço sempre, de coração, os comentários, sugestões, ideias divergentes, referências e tudo o mais que contribuir para enriquecer as discussões.
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